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Não basta haver diversidade, também é preciso ter inclusão

Há poucas semanas, lançamos o Comitê de inclusão, diversidade e ações sociais da Lockton Brasil, formado por 3 integrantes fixos, Glauco Ormond – Head de Marketing, Kátia Sayour – Superintendente de RH e Priscila Ali – CFO e mais 6 integrantes rotativos. A criação levantou algumas questões, que precisam ser esclarecidas. Em primeiro lugar, por que pensar em diversidade e inclusão é importante?

Há poucas semanas, lançamos o Comitê de inclusão, diversidade e ações sociais da Lockton Brasil, formado por 3 integrantes fixos, Glauco Ormond – Head de Marketing, Kátia Sayour – Superintendente de RH e Priscila Ali – CFO e mais 6 integrantes rotativos. A criação levantou algumas questões, que precisam ser esclarecidas. Em primeiro lugar, por que pensar em diversidade e inclusão é importante?

Apesar de, no último ano, o número de buscas sobre os temas na internet ter crescido 71% e 24%, respectivamente, o Brasil ainda está muito longe de ser referência, induzido principalmente por uma questão cultural que acompanha a nossa sociedade há anos.

Enquanto algumas empresas, como a Lockton Brasil, saem na frente ao ter iniciativas específicas a respeito do tema, outras encontram barreiras, não apenas para inserir atividades relacionadas em sua rotina, mas até mesmo para entender o significado dessas palavras em uma corporação.

De forma geral, a diversidade é uma fotografia da empresa que deve parecer o máximo possível com o retrato da sociedade. Ter uma empresa diversificada significa contar com uma força de trabalho multicultural. Além de ser uma questão social, é também pensar de forma estratégica, agregando desenvolvimento. Quanto mais diversa for a equipe, maior será o número de pontos de vista, possibilitando novos insights. Agrega também valor de mercado, crescimento organizacional e o orgulho dos colaboradores em trabalhar em uma empresa com estes ideais.

Diversas pesquisas apontam que outro benefício visto nas empresas que investem em diversidade e inclusão é o estabelecimento de uma cultura de inovação, em que os colaboradores não veem barreiras para inovar e têm menos medo de errar.

Mas é importante dizer que, a diversidade, por si só, não garante a inclusão destes grupos nos ambientes de trabalho e não os coloca em igualdade em relação aos grupos majoritários. Inclusão nas empresas significa criar políticas e processos que desenvolvam as habilidades profissionais de todos(as), levando em conta a individualidade de cada um. Quando não se investe em inclusão, a empresa pode ter uma força de trabalho pluralizada, mas seguirá reconhecendo e promovendo pessoas de grupos maioritários, o que significa a manutenção de uma hierarquia desigual e injusta.

Mas então, como promover a diversidade e inclusão de modo efetivo? Não existe uma receita de bolo. É preciso buscar formação sólida para iniciar um projeto como este, que demandará estratégia, plano de ação, metas, acompanhamento desses funcionários, entre outros.

Confira algumas ações que a Lockton Brasil está implantando junto aos seus colaboradores:

• Engajamento da liderança – Qualquer projeto relacionado à diversidade e inclusão só pode ser bem-sucedido quando há o engajamento genuíno e consistente da liderança da empresa. Só assim será possível a adesão por todas as áreas da organização. Contrate, retenha e desenvolva pessoas pertencentes a grupos minoritários. A partir do momento em que a empresa forma times plurais, a transformação começa a acontecer.

Começamos com as entrevistas às cegas, onde os candidatos não são vistos pelos entrevistadores, que têm como principal objetivo priorizar as competências técnicas e comportamentais. Em outras palavras, é um modelo que busca diminuir a incidência de discriminação (consciente e inconsciente) dentro do sistema admissional da empresa. Outra pequena ação é sobre o preenchimento da ficha cadastral, onde não é mais questionado o sexo do funcionário, e sim, o gênero com o qual se identifica. Também iniciamos a contratação de jovens aprendizes através do Grupo Vocação, que busca auxiliar jovens de baixa renda com cursos e auxiliando até a universidade.

• AMMS associação das mulheres do mercado de seguro – Associamo-nos a AMMS, que é constituída por representantes de todos os intervenientes do mercado, ou seja, segurados, seguradoras, resseguradoras, corretoras, prestadoras de serviços e demais instituições do segmento. Conscientiza e luta para a equidade de gênero neste setor.

• Estamos formando um time de líderes diversificado – Ao desenvolver e promover estas pessoas, a empresa constrói um time de líderes plural, com diferentes ideias e perspectivas. Isso transmite segurança ao time, mostrando que não é necessário pertencer a um grupo majoritário para ganhar reconhecimento e prestígio.

• Transparência nos resultados – Para manter o engajamento de toda empresa é preciso que haja transparência quanto aos resultados das ações. Manter uma comunicação aberta sobre diversidade e inclusão também é importante para relembrar seu propósito e objetivos. Mais do que focar exclusivamente na conquista de lucros, as empresas devem assumir um compromisso de bem-estar com a comunidade que as rodeia e procurar criar impacto positivo no mundo. É importante fazer parte da solução e desempenhar um papel participativo, de mudança que beneficia a todos.