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Inflação da baixa renda acelera em novembro e é maior que índice geral

Já no acumulado do ano, as taxas são de 6,58% para o IPC-C1 e de 5,73% para o IPC-BR.

Autor: Gladys Ferraz MagalhãesFonte: InfoMoney

 Em novembro, o IPC-C1 (Índice  de Preços ao Consumidor - Classe 1) apresentou variação de 1,33%, 0,53 ponto percentual a mais do que em outubro, quando ficou em 0,80%. O resultado, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (7), deve-se, especialmente, aos grupos Alimentação, Habitação, Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais e Despesas Diversas.

O percentual apurado no IPC-C1 em novembro está acima da inflação geral medida pelo IPC-BR, que ficou em 1% no décimo primeiro mês do ano. Nos últimos doze meses, o índice acumula variação de 6,41%, enquanto que o IPC-BR registra taxa de 5,47%.

Já no acumulado do ano, as taxas são de 6,58% para o IPC-C1 e de 5,73% para o IPC-BR.

O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos mensais.

Alimentos
Segundo a FGV, entre dezembro de 2009 e novembro de 2010, a taxa do grupo Alimentação ficou em 9,29%. O resultado foi maior do que o apurado nos últimos 12 meses até outubro, quando a variação foi de 6,93%.

Em novembro, a taxa do grupo passou de 1,72% para 2,62%. Entre os principais destaques para a alta no mês estão os acréscimos nos preços das carnes bovinas, que passaram de 3,25% para 9,92%.

Outros grupos
Os grupos Habitação (de 0,12% para 0,38%), Transportes (de 0,02% para 0,57%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,06% para 0,26%) e Despesas Diversas (de 0,21% para 0,41%) também registraram aumentos no período analisado, sendo que as principais influências vieram, respectivamente, de aluguel residencial (0,14% para 0,63%), tarifa de ônibus urbano (0,00% para 0,62%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,10% para 0,37%) e alimento para animais domésticos (-0,43% para 1,91%).

Por outro lado, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,54% para 0,34%) e Vestuário (0,77% para 0,75%) apresentaram desacelerações entre outubro e novembro.